Lançamento do livro "Arte hacker" - Daniel Hora (Edufes, 2024)

O PPGA/UFES divulga o lançamento do livro "Arte hacker: linguagens e materialidades da diferença tecnológica", de autoria do professor Dr. Daniel Hora e publicado pela Edufes (@edufeseditora). 

O trabalho é resultado dos desdobramentos de sua tese de doutorado defendida em 2015, na Universidade de Brasília, sob a orientação da Profa. Bia Medeiros (@performancecorpopolitica), com estágio de pesquisa realizado na UCSD, sob supervisão do Prof. Brett Stalbaum (@brettstalbaum). O livro tem prefácio da Profa. Bia Medeiros e orelha do Prof. Miguel Gally (@miguel_gally@ppgfauunb).

Trata-se de um ensaio teórico e crítico, fundamentado na estética, filosofia da diferença, materialismo especulativo e teorias da mídias. Seus capítulos se desenvolvem em torno de práticas artísticas internacionais das décadas mais recentes, categorizadas pela exploração ou desvio de noções de utilidade, propriedade, territorialidade, duração e performatividade das tecnologias eletrônicas e digitais.

O professor expressa seus agradecimentos à família, amigos, colegas e muitos artistas com quem tive contato durante a pesquisa e produção deste livro (inclusive por autorizarem a reprodução de imagens de suas obras), e também às seguintes instituições envolvidas: UnB (@ppgav_unb), UCSD (@ucsdvisarts) e Ufes (@ppgaufes@ufesoficial), universidade em que atua como professor desde 2017, bem como os financiadores Capes (@capes_oficial), Fulbright Brasil (@fulbrightbrasil) e Fapes (@fapes.es).
 

Este livro trata da constituição de uma teoria da artemídia amparada pela estética e a filosofia contemporânea da diferença. Com essa fundamentação, propomos conceitos relativos os aspectos sensoriais de produções artísticas orientadas pela livre exploração e a transgressão da tecnologia, conforme a chamada cultura hacker. Nosso objetivo é contribuir para uma teoria crítica capaz de lidar efetivamente com as influências da tecnologia informacional sobre a qualidade fenomênica e política do que se considera artístico, em conexão com as controvérsias em torno da ação hacker. Para isso, assumimos que hackear é produzir diferença, conforme McKenzie Wark. Em retrospectiva, revisamos então os paradigmas da heterologia de Jacques Derrida e de Gilles Deleuze. Compomos assim um sistema de análise em que a desconstrução da linguagem derridadiana se conjuga com o empirismo transcendental deleuziano. Esse sistema é empregado no exame de um conjunto selecionado de trabalhos de arte (de nomes como Jodi, Eva & Franco Mattes, Lucas Bambozzi, Electronic Disturbance Theater e Critical Art Ensemble), além de sua respetiva documentação – textos, comentários e registros multimídia e demais informações agregadas à circulação em suportes físicos e virtuais. Submetemos esses dados a um processo de interpretação de linguagem e especulação materialista. Os resultados indicam a relevância da interação objetiva-subjetiva que é intrínseca à transdução entre o código computacional (software) e sua corporificação eletrônica (hardware). Essa situação se expressa em interceptações, pirataria, coletivismo, acidentalidade, transitoriedade territorial e práticas ativistas intermediárias entre linguagem e biopolítica.
 
 
Disponível gratuitamente em: http://repositorio.ufes.br/handle/10/12225
Tags: 
Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910