DO MONUMENTO À ARTE PÚBLICA: mediações e rupturas da arte pública no Espírito Santo a partir dos anos 1990
Resumo: Este projeto de pesquisa consiste em um inventário histórico e artístico das obras destinadas a espaços públicos no Espírito Santo a partir dos anos de 1990, buscando contribuir para a historiografia da arte capixaba. O objetivo principal é investigar e refletir sobre as singularidades, mediações e fraturas da arte pública no Espírito Santo a partir dos anos 1990, enquanto linguagem em construção que desmonta o tradicional sistema visual e significativo do monumento público histórico e tradicional, bem como propicia o surgimento/consolidação de uma nova categoria na arte contemporânea.
A falta de documentação e reflexões sobre arte pública no estado justifica esta pesquisa, pois os últimos dados levantados e publicados datam dos anos de 1980.
Será realizada pesquisa documental, bibliográfica para fundamentação teórica e pesquisa de campo para levantamento e catalogação das obras investigadas e analisadas. A pesquisa sobre essa problemática da Arte Pública busca compreender como se institui no estado essa categoria das artes.
Este estudo se dá a partir de algumas reflexões: a) o que temos de arte nos espaços públicos no Espírito Santo nesses últimos 20 anos? b) São de acesso realmente livre a toda sociedade? c) Qual a natureza das imagens que atualmente se posicionam como referência de arte pública capixaba e como elas dialogam com a arte pública nesse país? d) como tem sido o processo de contemporaneização da linguagem artística em seus espaços coletivos em solo capixaba? e) Essas obras podem ser entendidas como uma produção que evidencia a construção de uma memória urbana? Essas são as questões que constituem o objeto de investigação desta pesquisa, que busca investigar e refletir sobre a singularidade da arte pública do Espírito Santo, e sua inserção no Brasil, a partir dos anos de 1990.
Em suma, enquanto gênero artístico em formação, a Arte Pública, em sintonia com os avanços da ciência e da arte, parece colocar o artista como inventor/engenheiro/criador, um arquiteto de objetos-espaços funcionais ou não. Ao dialogar e interagir com os espaços e convivas, esses objetos põem-se em ação; o público e o espaço, retirados da posição passiva, tornam-se actor e matéria de um processo criador cuja tendência revela uma espécie de co-autoria anônima e imprescindível à obra e aos seus efeitos de sentido produzidos pelo autor e pelos colaboradores externos (público, passantes, teóricos e críticos) que vão reescrevendo a forma e conteúdo dessas obras, assim como da própria paisagem urbana.
Data de início: 05/05/2011
Prazo (meses): 24
Participantes:
Papel | Nome |
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Aluno Mestrado | CILIANI CELANTE ELOI JERONYMO |
Aluno Mestrado | ROSA DA PENHA FERREIRA DA COSTA |
Colaborador | ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA |
Coordenador | APARECIDO JOSE CIRILO |
Pesquisador | RICARDO MAURICIO GONZAGA |