PRESENÇA E REPRESENTAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS NA ARTE PÚBLICA CAPIXABA
Nome: JAQUELINE TORQUATRO DE OLIVEIRA
Data de publicação: 09/04/2025
Banca:
Nome |
Papel |
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| APARECIDO JOSE CIRILO | Presidente |
| ISABELA NASCIMENTO FRADE | Examinador Interno |
| ORIANA MARIA DUARTE DE ARAÚJO | Examinador Externo |
Resumo: Esta dissertação, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes da UFES, tem como objetivo analisar a presença e os modos de representação das diversas etnias indígenas na arte pública capixaba. A pesquisa investiga a chegada dos europeus à América Latina e os impactos da colonização e da ação da Igreja Católica, evidenciando os processos de transculturação resultantes do memoricídio, genocídio e etnocídio. Esses fatores contribuíram para a modificação da identidade cultural e o apagamento das tradições indígenas pré-colombianas. Além disso, o estudo discute como o desenvolvimento da arte no Brasil, moldado por influências europeias, influenciou a percepção social sobre os povos originários. Desde a colonização, os indígenas foram representados de acordo com o imaginário dos colonos e do clero europeu, o que impactou a forma como suas identidades foram construídas e difundidas na esfera pública. A pesquisa analisou obras presentes no espaço público do Espírito Santo, classificando-as em categorias como indianistas, pré-indigenistas, indigenistas e outras, estas últimas sugeridas para investigações futuras. O estudo abrange desde as representações indígenas no período artístico dominado pelos jesuítas (1557-1759) até a presença de personagens mitificados e alegorias em monumentos de estilo neoclássico, que passaram a integrar o espaço público a partir de 1868. Por fim, a dissertação propõe uma análise aprofundada dessas categorias, buscando romper com a visão hegemônica que predominou na arte brasileira após a colonização, e contribuir para uma leitura crítica da representação indígena na arte pública capixaba.
