Companhia não-humana: praticando improvisação livre pela interação com máquinas

Nome: FELIPPE BRANDÃO BARROS

Data de publicação: 29/04/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO ARAUJO COSTA Examinador Interno
FLAVIO LUIZ SCHIAVONI Examinador Externo
LEANDRO LESQUEVES COSTALONGA Presidente

Resumo: A improvisação livre é um gênero musical que desafia formas tradicionais de se fazer música, definindo-se, em geral, por suas ausências. Isso cria um ambiente particular que impõe desafios aos que desejam aprendê-la, e para educadores empenhados em ensiná-la. Geralmente, a prática em conjunto é considerada o método mais adequado e amplamente aceito para uma iniciação ao gênero. No entanto, este deveria ser o único? A partir desta questão é que este trabalho discute uma contextualização da prática da improvisação livre em relação a outras culturas de música improvisada, observando-se diferentes abordagens para seu ensino e estabelecendo pontes entre a teoria e a prática do gênero. Propomos aqui o uso de agentes musicais como uma possível alternativa para a prática individual da improvisação livre. Para tanto, realizamos o desenvolvimento de uma máquina improvisadora de código aberto na linguagem de programação visual Pure Data, batizada “engenhoca”. O sistema é capaz de escutar elementos musicais dos eventos sonoros tocados por um musicista com quem interage em tempo real, classificando-os e agrupando-os em frases musicais a serem guardadas em sua memória. Tais frases são eventualmente sorteadas em resposta a mudanças identificadas no material tocado pelo musicista. Os diferentes elementos dessas frases são modificados por operações matemáticas e enviadas a um módulo que sintetiza sons eletrônicos em tempo real com os dados recebidos. engenhoca foi avaliada de modo não experimental, colhendo dados quantitativos e qualitativos de musicistas experientes no gênero (n=3), convidados a tocar com o sistema por três sessões de improvisação e expressar suas impressões sobre diferentes aspectos da interação. Acreditamos que o projeto seja compatível com estéticas encontradas na improvisação livre e representa uma abordagem plausível para a realização da prática musical neste contexto.

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