Você Vê Minha Aura, de Que Cor Ela É? o Ver e o Ouvir em Arthur Bispo do Rosario

Nome: ANA DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/05/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AISSA AFONSO GUIMARÃES Examinador Interno
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador
MARIA ANGÉLICA MELENDI DE BIASIZZO Examinador Externo

Resumo: A produção de Arthur Bispo do Rosario é singular em suas complexidades. Porquanto sua representação do mundo, apossada pelo campo da arte, possui características únicas que podem ser teorizadas pelo ver e ouvir. O ver em Bispo seria o repertório visual que o sergipano recorda e hibridiza, rememorando as raízes culturais de sua terra natal com o espaço manicomial que habitou. O ouvir, por sua vez, corresponderia com o delírio proveniente de seu diagnóstico esquizofrênico-paranoide, que atuou como motor, obrigando-o a reproduzir tudo o que vira e conhecera em vida. Isto posto, esta pesquisa investiga resquícios de uma cultura nordestina-cristã/ibero-brasileira que tenha formado a base espírito-visual (a cultura popular sergipana e a religiosidade católica) sobre a qual uma motivação diagnosticada como distúrbio psiquiátrico levou à produção de Arthur Bispo do Rosario. Para tanto, foram considerados os aspectos históricos relativos às interlocuções entre arte e loucura, buscando-se compreender a trajetória do entendimento sobre a loucura na sociedade moderna quando se traz à luz da percepção filosófica o percurso de ritos, purificação e exclusão do que, a partir do século XVII, conhecemos patologicamente como loucura. Também se fez necessário enaltecer as questões biográficas referentes à vida de Bispo, desvendando a personalidade que o mesmo incute em sua produção, quando extrapola a esquizofrenia diagnosticada e mescla a memória visual da infância com uma missão delegada por vozes dentro da mente de Bispo, para então cumpri-la até o dia de sua passagem. Por fim, foram analisados os conceitos teórico-críticos conferidos aos seus trabalhos, principalmente redigidos por Frederico Morais – curador das primeiras exposições de Bispo, um dos responsáveis pela catalogação e classificação de suas peças –, que foi quem primeiro apresentou Bispo para o campo da arte e teorizou seus trabalhos para o sistema artístico.
Palavras-chave: Arthur Bispo do Rosario, Loucura, Arte, Crítica, Frederico Morais

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