RESISTÊNCIA PUNK NO MUNICÍPIO DE CARIACICA/ES – UMA NARRATIVA ESTÉTICA, MUSICAL E TEATRAL NO MEIO UNDERGROUND

Nome: SANDRIANI MUNIZ ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/09/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GASPAR LEAL PAZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AISSA AFONSO GUIMARÃES Examinador Interno
GASPAR LEAL PAZ Orientador
PEDRO SILVA MARRA Examinador Externo

Resumo: Nessa pesquisa, pretendo interpretar as narrativas históricas, culturais, musicais e as experiências estéticas e políticas que balizaram o movimento punk no município de Cariacica-ES. Apresento esse percurso a partir das produções dos anos 1980-90 e suas repercussões atuais, nas quais sublinho as marcantes atuações das bandas Zoopatia, RHC e do Grupo de Teatro Motim. Assim, pretendo discorrer sobre os fatos que julgo importantes na cena punk do município estudado, bem como suas implicações na construção social dos sujeitos que integram essa comunidade. Para compreender a recepção desse estilo, apresento alguns aspectos históricos com objetivo de traçar um panorama geral sobre a temática. Nesse viés, ressalto ainda o legado da banda Ferida Exposta, cuja produção remonta a fase inicial do movimento na capital Vitória. De fato, anseios comuns encorajam a formulação do movimento punk no estado do Espírito Santo, que nasceu concomitantemente com a resistência underground em Cariacica. Para complementar esse cenário, apresento apontamentos que julgo relevantes para que se compreendam as variantes expressas a partir do estabelecimento e da popularização do movimento nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil. Além disso, destaco a influência punk no Grupo de Teatro Motim, analisando uma peça específica que revela o caráter plurifacetado do movimento regido sob o signo da resistência. Os roteiros e espetáculos criticam as relações do sistema capitalista e do imperialismo, demonstrando ainda as imbricações e condicionamentos dos campos culturais, políticos, econômicos, estéticos e ideológicos. Para analisar essas questões, respaldo-me nas interpretações de Antônio Bivar, Luiz Carlos Maciel, Silvio Essinger, Gerd Bornheim, Noam Chomsky, Augusto Boal, David Le Breton, George Woodcock e Raphael Genuíno de Araújo, assim como em relatos, materiais gráficos e sonoros, e entrevistas concedidas por alguns dos integrantes das bandas Zoopatia, RHC e do Grupo de Teatro Motim.
Palavras-chave: Cena Punk, Teatro e Estética, Arte e Música.

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