PRIMÓRDIOS DA GRAVURA BRASILEIRA, ATÉ 1808: estudo de duas oficinas que driblaram as Leis Régias

Nome: RICARDO ALIPRANDI RODRIGUES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/05/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALMERINDA DA SILVA LOPES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALMERINDA DA SILVA LOPES Orientador
GASPAR LEAL PAZ Examinador Interno
ROGERIA MOREIRA DE IPANEMA Examinador Externo

Resumo: A dissertação investiga a atuação de casas tipográficas e os papéis impressos pelas mesmas no Brasil, durante o Período Colonial, apesar da proibição desse tipo de empreendimento na colônia pela Coroa portuguesa. Como é de conhecimento geral e de acordo com as principais fontes bibliográficas consultadas sobre o assunto, a atividade de impressão em nosso país se consolidou de fato após a chegada da família real, em 1808 e, consequentemente, com a instalação oficial da Impressão Régia no Rio de Janeiro. Este trabalho visa ampliar os estudos que, entre as décadas de 1960, 1970 e 1980, foram feitos por diversos historiadores e críticos de arte, mas que não foram capazes de alumbrar a memória das artes gráficas no que tange ao período de nosso recorte. São poucos os fatos conhecidos. Esse aspecto foi observado em quase todos os estudos examinados. Nesse sentido, relatam-se suposições e tentativas de impressão desde inícios do século XVII, durante a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, uma das mais antigas e comprovada tentativa; a provável tipografia do Recife datada de 1706; frisa-se também uma estampa de gravura em metal, cuja autoria é atribuída ao padre jesuíta Alexandre de Gusmão, provavelmente impressa no final do século XVII, iniciativas essas que contornaram as censuras impostas pelo governo luso. Como estudos de caso, revela-se a atuação do tipógrafo português no Rio de Janeiro, entre os anos 1747 e 1749, de grande renome em Lisboa, que editou aqui: cartazes, livros e folhetos; e também o padre mineiro, artista, gravurista, pintor e ceramista, José Joaquim Viegas de Menezes que, sob os auspícios do governador de Minas Gerais, imprimiu uma importante obra com a técnica da calcogravura, na qual era especialista. Tal experiência foi adquirida na Oficina Tipográfica, Calcográfica e Literária do Arco do Cego, importante casa de impressão de Portugal na época. A Viegas também é atribuído o primeiro ex-líbris brasileiro e três estampas soltas de temática religiosas, trabalhos realizados com a mesma técnica de gravura, obras de foram levantadas e analisadas nesta pesquisa.
Palavras-chaves: imprensa; tipografia; gravura brasileira; jesuítas; Antonio Isidoro da Fonseca; José Joaquim Viegas de Menezes. (versão final).

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