A QUESTÃO DA CONTEMPORANEIDADE NAS ARTES: HEIDEGGER E A POIESIS VITÓRIA
Nome: FELIPE ESCOPELLI MOULIM DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/06/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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GASPAR LEAL PAZ | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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AISSA AFONSO GUIMARÃES | Examinador Interno |
FERNANDO MENDES PESSOA | Examinador Externo |
GASPAR LEAL PAZ | Orientador |
Resumo: Trata-se de uma abordagem sobre a problematização da arte enquanto poiesis no pensamento de Martin Heidegger. Essa temática é apresentada em correlação com a questão da verdade compreendida como aletheia, abertura do Ser. Dessa forma, tem por objetivo ressaltar a relação entre a totalidade da experiência artística em sua unidade com a verdade, contrariamente à compreensão radicalizada na tradição moderna com o domínio do conceito de consciência. Portanto, aborta o panorama no qual a questão da verdade em sua relação com a experiência da arte se sustenta, tanto historicamente
quanto filosoficamente, no pensamento do filósofo alemão, restituindo sua relação com o elemento da linguagem mundo - e com a finitude facticidade - que constituem a compreensão humana. Para tanto, abordam-se aspectos relevantes da terminologia heideggeriana para compreender a virada hermenêutica em seu pensamento, assim como, também, a abertura da experiência e da interpretação com o objetivo de indicar, ao leitor, como foram articuladas essas noções na constituição do primado ontológico do Dasein, conceito chave para acender ao percurso de pensamento de Heidegger no
que concerne às artes. Para acompanhar esse percurso, a presente pesquisa se respaldou nas interpretações de Hans-Georg Gadamer, identificando questões motrizes para a crítica e a teoria das artes, tais como as nuances que envolvem as discussões sobre consciência histórica, juízos estéticos, consciência estética e a autocertificação das artes. Dessa forma, revisa o legado da modernidade e da estética a partir de Kant e Hegel
buscando entender o alcance dos estudos de Heidegger no que se refere às artes suas relações e novas configurações na contemporaneidade. Assim, recorre às interpretações de Giorgio Agamben, Benedito Nunes, Gerd Bornheim, Manuel António de Castro, Hannah Arendt, Paul Ricoeur, Joseph Kosuth, Thierry de Duve, Emmanuel Carneiro Leão, Luiz Camillo Osório, entre outros, bem como à interpretação das contribuições de Marcel Duchamp, Friedrich Hölderlin e Vicent van Gogh. Nesse viés, analisou-se o ensaio A Origem da Obra de Arte que, juntamente com os escritos da compilação Caminhos do Campo, apresentam as argumentações de Heidegger ao estudo da linguagem.
Palavras-chave: Arte poiesis - verdade - hermenêutica linguagem consciência contemporaneidade historicidade.