O tempo em fluxo como elemento constitutivo da obra de arte

Resumo: Com as práticas surgidas desde o modernismo até a dita arte contemporânea, deve-se inserir a reflexão sobre as possibilidades abertas pela assimilação do fluxo temporal. Esta disposição contribuiu para transformar o conceito de obra, assim como o modo de pensar a arte e seu campo. Para além da ampliação das relações espaciais, a arte contemporânea tem certa originalidade justamente no tratamento que dá à questão do tempo, com obras que encerram diretamente o tempo como duração no apelo ao dado presencial, sendo indispensável a recorrência ao pensamento de Henri Bergson sobre essa propriedade essencial ao tempo. Pensamos aqui em obras que recorrem ao uso do corpo, nas intervenções diretas no espaço da vida, na solicitação da participação de espectador, e também com o diálogo com as mídias e a tecnologia, pois, com os filmes de artista e a videoarte, a arte contemporânea alcança uma realidade imagética que não pode ser alicerçada apenas no registro de ações reais, nem advir somente da exploração da forma plástica, senão na experimentação das possibilidades próprias dos elementos fílmicos e videográficos, em ações possíveis apenas com o recurso da imagem-movimento, remetendo-nos aos pressupostos teóricos de Gilles Deleuze para buscar o apoio necessário para esta discussão.

Data de início: 01/08/2012
Prazo (meses): 24

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910