Presenças do espectador e/ou alargamento e autonomia na arte brasileira dos anos 1960 e 70.

Resumo: Este projeto pretende dar continuidade ao estudo iniciado em pesquisa anterior e ampliar o debate sobre o campo experimental da arte brasileira dos anos 1960 e 70. Buscaremos analisar e parcialmente explicar - reconsiderando a exaustão de paradigmas modernos - o alargamento de territórios de uma produção em arte que, até então centrada no chef-d’oeuvre, muda seu rumo. Nessa renovação estava tanto o questionamento dos limites impostos pelos suportes e meios tradicionais como, também, estavam as estratégias de aproximação utilizadas pelos artistas em relação ao espectador. O que nos leva a discutir, entre outros, as relações geradas pelo processo que se estabelece na obra a partir de questões inerentes ao espectador no campo artístico contemporâneo. Outra conseqüência, complementar às anteriores, é o embate de um transitar etnográfico na arte e, conseqüentemente, uma aproximação entre arte e vida. É certo, inclui, também, o caráter político e crítico que emerge na arte nos meados dos anos de 1960 e que rende muitos frutos nos anos 1970.A discussão dos ‘escritos de artistas’ como, também, a contribuição específica de autores como Rosalind Krauss, Michael Fried, Brian O’Doherty, Thierry de Duve, Hans Belting, e outros, que investigam como se relacionam, na historiografia contemporânea, os geradores de significado de uma arte que liberada da autoreferencialidade moderna passa a formar novas combinaçãoes de materiais e significados, serão amplamente analisados no desenvolvimento desta pesquisa. E essa abertura do campo de atuação do artista como agente de fermentação teórica, estaria ligada a uma essência de perfil epistemológico, isto é, à autoridade de criar conceitos, discursos, ou até, de “desautoriza-los”. Assim, a discussão dos ‘escritos de artistas’ como, também, a contribuição específica de autores como Rosalind Krauss, Michael Fried, Brian O’Doherty, Thierry de Duve, Hans Belting, e outros, que investigam como se relacionam, na historiografia contemporânea, os geradores de significado de uma arte liberada da autoreferencialidade moderna, serão amplamente analisados no desenvolvimento desta pesquisa. Enfim, tomaremos como estudo de casos os exemplos de Hélio Oiticica e Cildo Meireles, artistas relevantes na discussão das ‘presenças’ do espectador/participador na constituição da obra de arte na segunda metade do século XX.

Data de início: 09/05/2011
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Mestrado JANAYNA ARAUJO COSTA PINHEIRO
Aluno Mestrado MELINA ALMADA SARNAGLIA
Coordenador ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA
Transparência Pública
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