A pintura de Regina Chulam como experiência sensível

Nome: JORGE LUIZ MIES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/05/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE EMERICK NEVES Examinador Interno
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador
MARIA DE FÁTIMA MORETHY COUTO Examinador Externo

Resumo: Esta dissertação investiga a praxe artística da pintora capixaba Regina Chulam entre os anos 1975, ano em que ingressa nas artes plásticas, iniciando seus estudos em Londres, e 2013, quando realiza uma exposição individual no Museu Vale, Vila Velha. Desde que se Licenciou em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), em 1981, sua trajetória é marcada por um dinâmico processo de idas e vindas, encontros e desencontros, buscas e descobertas. Ao traçar de maneira cronológica o caminho de desenvolvimento e maturação de seu trabalho, este estudo examina um espaço pictórico estruturado pela dinâmica das linhas e pela força expressiva de um tecido cromático que vai se enriquecendo por meio da captação de cor e luz observadas. Por se tratar de uma experiência criativa, trazemos um referencial teórico que abarca a obra de arte a partir de sua essência, tratando-a como um acontecimento, um fenômeno estético. Promovida pela percepção do pintor, a pintura esboça na tela um mundo investido em formas e cores. Cada quadro é um fragmento do mundo, a expressão de uma experiência. O foco principal do trabalho está na análise de pinturas (retratos, autorretratos e, principalmente, paisagens) que acentuam experiências de suas “duas nacionalidades”, a brasileira e a portuguesa. Regina Chulam vive a imensidão das paisagens que a cercam e faz com que seu espectador as viva por meio de suas telas. A cor e a luz são elementos importantes de investigação. Ao redescobrir a cor e a luz tropical, a artista tenta integrá-las com as transparências e as suaves nuances oferecidas pela atmosfera lusitana. O texto também aborda a importância de Aracê para o desenvolvimento da pintura de Chulam. Ao fixar residência na região montanhosa do Espírito Santo, passa a viver isolada, entregue ao ofício do puro prazer da pintura. É neste local que conquista uma nova linguagem ao reger as cores frias para destacar as cores quentes em uma harmônica sonoridade pictórica. Ao assumir essa paisagem lumínica, essa luz sem profundidade, eleva ao máximo a intensidade cromática de suas telas, destacando a beleza da textura e dos planos unidos nos mais belos acordes. Com o apoio de entrevistas realizadas com a pintora, da exaustiva busca por telas que se encontravam dispersas em coleções particulares e do constante diálogo com a história da pintura moderna, buscamos contribuir para um melhor entendimento da produção dessa artista capixaba, entendendo a obra de arte como reveladora das impressões do mundo visível

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