A POÉTICA URBANA DE MAURÍCIO SALGUEIRO

Nome: MICHELE CRISTINE MARQUES REBELLO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/06/2013
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
APARECIDO JOSE CIRILO Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
CECÍLIA ALMEIDA SALLES Examinador Externo
GISELE BARBOSA RIBEIRO Examinador Interno
APARECIDO JOSE CIRILO Orientador

Resumo: O objetivo desta dissertação é refletir sobre a poética urbana da série Urbis, produzida entre as décadas de 1960 e 1970 pelo artista plástico Maurício Salgueiro. O termo Urbis faz menção direta à palavra cidade, objeto de estudo do artista. A série é um projeto futurista de e construção da cidade que conglomera objetos dotados de dispositivos
eletromecânicos, que por vezes os intitulamos como máquinas. Esta combinação possibilita reflexões sobre a cidade, principalmente no seu caráter frenético e movimentado, enfatizando o caos que invade o dia a dia dos que a habitam, na viva e atual reflexão dos habitantes da cidade enquanto personagens presentes da máquina maior: o próprio mundo contemporâneo. As novas buscas e práticas artísticas, no Século XX, tornaram possível a existência de outro olhar sobre o universo da escultura, em especial, na maneira de observar e discutir o papel do objeto artístico em si. As mudanças e os avanços ocorridos no decorrer do século passado deram origem a algumas questões a serem discutidas, principalmente sobre os caminhos convergentes entre a arte e a tecnologia, trazendo à tona a discussão sobre o hibridismo no campo da arte contemporânea, focando a discussão na série Urbis. Os avanços tecnológicos e os debates acerca do objeto tiveram início no final da década de 1950 e foram fatores fundamentais para o processo criativo e poético de Salgueiro. Abrem-se lacunas a ser preenchidas por uma série de reflexões acerca da presença do espectador no espaço
físico onde o objeto artístico se encontra, bem como a interatividade entre objeto e espectador, que advém da necessidade de envolvimento e experimentação. A partir de então, a Urbis caminha em direção ao espaço e ao tempo, não constituindo, somente, um objeto para ensimesmar-se. A veleidade de Salgueiro pelos objetos/máquinas
motorizadas influencia diretamente na estética da série, oferecendo possibilidades outrora impensáveis, como a revelação de sons e ruídos abrindo-se a diversas possibilidades de questionamentos por parte do sujeito/espectador. Maurício Salgueiro transforma a cidade num espaço para ser questionado e investigado, com significados a serem decodificados.

Palavras-chave: Maurício Salgueiro. Cidade. Hibridismo. Arte/Tecnologia.

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