Flavio-Shiró, sua pintura e sua plurisensorialidade

Nome: CLAUDIA STRINGARI PIASSI MONJARDIM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/05/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE EMERICK NEVES Examinador Interno
ANGELA MARIA GRANDO BEZERRA Orientador
MARIA DE FÁTIMA MORETHY COUTO Examinador Externo

Resumo: A influência familiar de Flavio-Shiró pela arte oriental é um dos requisitos, entre tantos outros, para entender a gênese de suas formas, linhas, cores e gestos diante da pintura. A dissertação Flavio-Shiró, sua Pintura e sua Plurisensorialidade, tem como objetivo estudar algumas obras criadas pelo artista nas décadas de 1950, 1960 e 1970 e que se destacaram pelo uso diversificado de materiais. A materialidade e a maneira de pintar fazem referências aos gestos caligráficos orientais gestos estes que norteiam todo o seu percurso artístico. A materialidade foi aqui analisada como uma maneira de destacar as relações do material com a técnica utilizada pelo artista tanto na fabricação quanto na manipulação de sua obra de arte. A fotografia de Flavio-Shiró foi outra técnica estudada, na presente pesquisa, porém dentro de uma análise comparativa com algumas de suas pinturas. É uma técnica utilizada pelo artista que requer maior detalhe na pesquisa. Por isso, há uma intenção de continuar com os estudos fotográficos, pois as fotografias de Flavio-Shiró levantam discussões sobre uma época da fotografia abstrata e seus experimentos. Quanto à performance nas obras de Flavio-Shiró aparecem novas discussões sobre a pintura do artista. Buscam-se pontos de convergências com artistas que trabalharam de maneira performática como: Jackson Pollock e Antoni Tàpies, estabelecendo paralelos com a performance na pintura oriental. As linhas são formadas a partir de gestos em uma posição não tão habitual para um artista, ou seja, agachando-se sobre a obra, revelando destreza na formação de linhas firmes e ágeis, mesmo que não haja a formação dos ideogramas, reminiscências de um passado que se faz presente em sua vida. Devido a isso, na produção pictórica, o artista (de maneira performática na horizontal ou na vertical, dependendo da intencionalidade e da matéria que utiliza) transforma a pincelada, em um gesto vigoroso e expressivo. Percebe-se que há uma energia física e corporal que formam, a cada pincelada, desenhos e ideogramas que expressam a essência da escrita. Por isso, esta pesquisa, procura estabelecer um possível diálogo entre a arte milenar da caligrafia japonesa e a expressividade de caráter performático na pintura de Flavio-Shiró. A ânsia por liberdade na pintura de Shiró vem desde a sua infância, quando ele ainda recebia incentivo do pai, e até hoje o torna um pintor com características tão ímpares de produção artística. E a sua preocupação com relação à vida e ao cotidiano, pelo fato de ser um artista que nunca se preocupou em se especializar em um movimento ou técnica de pintura é o que o alimenta durante seu percurso performático.

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